' Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.'

domingo, 31 de maio de 2009

blá blá blá

Conversar!
Será que alguém já percebeu e analisou o quanto isso é bom?
Só soltando a língua a gente vai desvendar, conhecer, descobrir até mesmo no silêncio as interpretações corretas de cada traço de personalidade quando ela se cala. Mas antes, nós temos mesmo que conversar!

Ontem eu bebi, pra variar eu voltei a beber - na verdade eu voltei semana passada.
É impressionante como me descubro depois de alguns copinhos... tudo isso porque vou ao extremo: Ou converso demais, ou me calo. Mas nesses dois pontos eu descubro, e creio, faço com que as pessoas me descubram.

Dizem que conversar demais é sinônimo de carência. Eu então sou 'carente profissional' e adoro que essa denominação tenha vindo assim de Cazuza. Amo telefone, celular, contato, visitas na minha casa... Que fique bem claro que também zelo muito pelos meus momentos de solidão, são absolutamente perfeitos pra mim! Mas sozinha ou não bom mesmo é conversar, eu sinto falta mesmo é de conversar!

Fico imaginando aquelas pessoas misteriosas, que levam horrores de tempo pra falar sobre algo, expressar uma opinião e mais tempo ainda pra falar de si. Juro, já morri de inveja. Só que não adianta, eu nasci mesmo pra falar e todo mundo repara quando eu calo, a não ser que esteja tímida!
Expor, expor, expor. Não ter com quem expor os pensamento, a idéia, o sofirmento, a alegria é enlouquecedor.
O que eu quero é conversar mesmo, falar demais, falar besteira, falar o que penso, mesmo que so pra mim.

Da próxima vez, tentemos conversar mais.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Químico, mas não tóxico

Tudo começa com um olhar, pode ser escondido de canto de olho ou explícito, na cara de pau mesmo, o que vale é olhar! Prestar atenção nos traços, se eles te chamam atenção, se o braço é definido, se as pernas são torneadas, se você tem vontade de beijar ele na boca - às vezes só você vai achar ele lindo, de braços lindos, costas largas ou finas e não sei mais 'o que'. Talvez seja no que diferimos de outras espécies fêmeas, nem sempre ganha o mais forte, mas todos tem que ter a virilidade cheirando forte, é isso que atraí e ponto! Ai de nós sem eles!

Depois dessa vontade louca vem a aproximação, o que seria de nós sem as nossas mentes poderosas pensando o tempo inteiro? Mesmo que involuntariamente pensamos : no que vamos fazer, que gestos vamos usar, quando sorrir, quando insinuar um pouco e provocar; É coisa de mulher. Se o papo for bom então... tudo flui cada vez mais rápido e antes que a gente se dê conta acontece. É a famosa química manifestada, ela é poderosa e faz acontecer, faz tudo!
Acontece aquela sensação que só pode ser explicada com outra sensação: O êxtase. É um tal de arrepio, frio na barriga, coração acelerado, dilacerado e consertado ao mesmo tempo. Se pudessemos guardar em frascos momentos assim, venderíamos mais caro que droga! São línguas quentes que se envolvem numa coreografia nunca antes ensaiada, uma produção deliberada de calor e movimentos que se seguem orquestradamente pelo corpo inteiro com pernas, seios, nucas e tudo o mais se alterando, sussurros e respiração ofegante em sincronia.

As vezes parece incontrolável, parece que o corpo suplica cama, suplica escuro, suplica o toque macio se movendo por dentro da roupa, tudo paralisando ao redor e você apenas entregue a cada propulsão do seu sentido nervoso por dentro , pulsando cada vez mais eletricamente.

A outra pessoa dá choque, dá vontade de morder e morde, dá vontade de arranhar e arranha; É quase uma luta, mas no final os gemidos não são de dor, mas de prazer.
Prazer que vem de diferentes formas, com o corpo no corpo, a língua no corpo, a boca na boca, a língua na boca, não importando até que ponto se chega. Os olhares profundos pedintes de mais daquela sensação eufórica - mesmo que de olhos fechados- até que o suor se condensa e abre espaço pro máximo de prazer, a dormência, o estralar dos ossos.

Em muito disso você nem precisa dar pra sentir, outras vezes só dando. Mas a química mesmo vai começar lá no ínicio: no olhar! E talvez, o beijo e o toque possam propagar as ondas de energia e de prazer se infiltradas na composição do seu corpo.
É mágico, é paralisante.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Contrários

Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais
Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeuprecisou saber recomeçar
Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar
E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no limite que a vida faz crescer
Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar
Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema, a solução
E que o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.
Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar
Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar
Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no conflito
Que o amor pode nascer

domingo, 17 de maio de 2009

Fugaz

Todo dia gente nasce, todo dia gente morre;
Gente chega, gente volta;
Gente abraça, gente bate;
Gente apanha, gente xinga;

Gente casa, gente separa;
Gente junta, gente larga;
Gente beija, gente encara;
Gente mata, gente prende;
Gente reza, gente ignora;

Todo dia gente fala, todo dia gente cala;
Gente apaixona, gente esquece.
Gente aproxima, gente engradece;
Se aquece no frio, desdobra o calor
Gente ama, gente amor;

Todo dia gente entra, todo dia gente saí;
Gente dá, gente caí fora;
Gente ri e gente chora;
Gente fode ou saí de cima;
Gente corre, gente acalma;
Gente anda, gente pára;
Velho, menino, moça, rapaz;
Feio, bonito, galante, sagaz;
Bandido, engraxate, princesa no cais;

É pôr de sol, brilho de lua;
susurro em pé de ouvido;
E tudo é construído de elemento fugaz.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

meu caminho de felicidade

E a vida se refaz.
E eu me pergunto: - Por que que a gente pensa que o final sempre tá longe? Será que a dor, a desilusão amorosa, a angústia e o desprazer fazem os dias serem mais longos? As vezes lembro de dias em que estive triste e lembro que eles pareciam durar uma eternidade e, quando faço o mesmo lembrando de momentos e dias felizes, eles realmente duraram o extâse.
Não sei, sinceramente por que nós, bichos, principalmente mulheres temos essa tendência de nos desesperar, sofrer, comer e nos sentir culpadas, por uma coisa pequena.
Creio que a questão seja essa: a coisa é verdadeiramente pequena, mas insitimos em dar a ela uma dimensão irreal e juntamos outras trocentas partículas regadas a insegurança e brigadeiro fazendo a coisa crescer e crescer, até explodir. CHEGA!
É! Pra que? Pra que tudo isso se podemos simplesmente jogar pro alto e voar no impulso, se podemos acreditar apenas em nós pra sermos felizes e agradecer todos os dias pelos inúmeros motivos que temos pra sermos, apenas ser.
Estou me sentido absolutamente especial demais, e isso não é falsa modéstia nem narcisismo exarcebado, é alimento pra auto estima e amor próprio.
Minha vida se refez todos os dias, e o ciclo não termina, apenas evolui.

domingo, 3 de maio de 2009

anti açordar

Depois desse feriado prolongado, longe de trânsito, de corre corre, dessa neurose que confunde nossos músculos e nosso cérebro; quando estava em casa, em paz, vendo e revendo pessoas que me amam e que acreditam em mim, vendo brilho nos olhos de sinceridade, eu voltei revigorada para aturar alguns 'quens' e algumas pedras duras.

Eu sinto a rapidez desse mês se alastrando caótica, os afazeres, os medos postos a prova e tende de ser deixados pra trás, de lado. Creio que eu vou sentir muita falta de mim mesma esse mês e espero ansiosamente pelos finais de semana de paz, calmaria e e encontro com o mais profundo do meu ser.

A palavra da vez é precipitação; do verbo precipitar; ação ou efeito de precipitar(-se); impetuosidade; açordamento.
Ou seja, a 'anti - precipitação; em atos, palavras, gestos e pré - conceitos e julgamentos. Preciso viver e analisar cada situação, cada um que se aproxima... sem graça, nas com prudência em substituição.

Eu cresci para alguns e isso me fará sorrir menos, parecer o ser menos ingênua. Pra outros não, de alma escancarada e agora mais leve - se eu me limpar de uma vez do passado, expurgando o tempo perdido e as oportunidades mal colocadas e consequentemente aproveitadas, se eu esperar um pouco menos do futuro e me julgar um pouco menos é assim que minha alma estará, é nisso que estou confiante desde já.

O que vai importar desde já é o que me torno a cada dia para mim, isso vai ter de bastar, sem danos de milhões de reprovações.
Se coloque no meu lugar, coloque-se no seu.