e roupa velha também!
Não deu certo. A vida me mostrou mais uma vez que existe um domínio maior sobre alguns de nossos planos e que, por mais forte que sejam nossos pensamentos e intensões, temos de as vezes, respeitar o que ela nos sugere e atender essa determinação de uma maneira limpa, sútil, honrada - ouso dizer - ou entraríamos numa sessão interminável de 'porques' e 'praques' que nos deixariam terminar o ano sem aquilo que de fato importa: o pensamento fincado na constância e na nossa busca diária pela evolução do nosso ser.
Enquanto isso, somos forçados a amadurecer nossa pequenez a todo instante, principalmente no dias em que a nossa vaidade cede espaço a maior das humildades, nos dias em que o choro nos pega entre as quatro paredes do quarto, nos dias em que lembramos de agradecer ao invés de reclamar, nos dias em que nos pegamos entre as conversas nostálgicas com os amigos, nos dias em que as cervejas nos fazem adormecer tão rápido que não nos permite o menor pensamento antes de dormir, nos dias exaustos em que ainda encontramos forças de fazer graça com o que acontece ao redor, nos dias em que nos apaixonamos pelos desconhecidos nas calçadas e nos shoppings... SIM. Que em tudo isso nos permitamos crescer. Todos vocês precisam, todos vocês merecem. Talvez dessa maneira a gente descubra o que é realmente um ANO NOVO.
Mude um pouco o lugar onde o seu corpo dorme sempre, mude um pouco o limite que você acha que o seu corpo aguenta, mude um pouco a coragem que você acha que tem, mude um pouco o exercício diário da sua paciência, mude um pouco os livros que você lê, as pessoas que você prioriza, as viagens que você planeja...
Descarte um pouco a falta de disposição que te aprisiona, descarte aquele amor que não deu certo, descarte as reclamações de todo santo dia, descarte de uma vez por todas as pessoas que não te querem bem, as comidas que te fazem mal, descarte remédios pra dormir, descarte as músicas que andam te entediando!
Viva um pouco mais como se a droga do mundo continuasse tendo que acabar em 21/12 de todo ano... Ou seja, você só tem até lá!
Respeite seus limites, suas vontades, suas faltas de vontade! Pare de achar que tem que agradar todo mundo. Já aprendi que quem gosta mesmo da gente, RESPEITA, ESPERA, CONVERSA ANTES DE JULGAR, DÁ OS PIORES CONSELHOS... AQUELES CAPAZES ATÉ DE MACHUCAR! Quem gosta de verdade da gente, talvez não ligue todo dia, talvez não poste declarações de amor infinitas no facebook, talvez não responda a mensagem nem o whatsapp, mas não dorme dia nenhum sem lembrar da nossa importância. Quem gosta da gente, gosta mesmo. Briga, dá 'patada', bate, fere, mas ama.
Ama acima de tudo e pode compreender. Que você tenha mais dessas pessoas ao seu redor em 2013, que você conserve bem direitinho cada uma delas perto de você e que não desista... mesmo quando parecer assim... meio perdido! É difícil, mas o ano novo também não renova essas coisas?!!! Vejamos.
Vou virar o ano de calcinha velha. Vou mesmo!
Recapitulando minhas últimas viradas...
quando usei calcinha vermelha: tive minha pior desilusão amorosa (ai que dramática);
quando usei calcinha branca: tive o ano mais turbulento da vida;
quando usei calcinha rosa: consegui realmente ganhar uma grana e colocar uns planos em prática.
Resultado: o anjo protetor das calcinhas de fim de ano deve ter problema de visão ou de interpretação. :)
Vou virar o ano sem nenhum plano. Se der eu vou emagrecer, mas se não der eu vou é engordar mesmo e pelo menos tô feliz!
Se der eu vou ganhar dinheiro, se não der, as minhas viagens vão se resumir a acampamentos por aí! :D
Se der, eu vou trabalhar menos, mas se não der eu vou continuar com o perfil super responsável que eu sempre apresentei até hoje, não adianta!
Se der deu, se não der... paciência.
Não quero aqui levantar o ano que passou. Pra mim, foi perfeito. Até mesmo o momento em que a minha preguiça social se fez presente, eu consegui tirar algum proveito do mais profundo do meu ser.
O que eu desejo pra 2013 é mais calcinhas velhas! Já imaginou? Todo mundo de calcinha velha e todo mundo conseguindo colocar em prática os zilhõooooooes de planos?
Até sem calcinha eu desejo 2013! Opa!
O que eu quero mesmo é conseguir colocar em prática as ideias que me cheguem ao longo do ano.
Sem grilo nenhum por ter cumprido essa ou aquela promessa de fim de ano. Ai que coisa mais chata! O ano mal começou e a gente já tá se cobrando... Cruzes.
Que em 2013 a gente desfaça os nós e realmente, realmente mesmo, estreite os laços.
Que a gente viva um dia depois do outro, com um pouco menos de ansiedades doentias.
Que a gente cumpra o que promete diariamente e não anualmente.
Que a gente se anule dos momentos baixo astrais que nos pegam na esquina.
Que a gente compartilhe a TPM.
Que a gente vá mais no cinema.
Que a gente chore até a dor passar.
Que a gente coma sem culpa.
Que a gente malhe ao invés de sentir culpa.
Que a gente viaje.
Que a gente sorria.
Que a gente comece aquele projeto... chega deu sono! :)
Tem tanta coisa que a gente pode fazer, que a gente vai fazer... Nem é difícil.
Difícil mesmo é encher a cabeça com planos e no final achar que o ano foi perdido.
Se a gente cumprir nosso papel, em plenitude, a vida fica mais leve, a vida dos que a gente gosta idem, e ai sim... o ano novo floresce!
Feliz ano novo.
PS:
Feliz calcinha velha.
Feliz recomeço, ou não.
Feliz vamos continuar tentando.
Feliz vamos ouvir outros sons.
Feliz vamos ficar com preguiça alguns dias.
Feliz '-nossa, você está com a cara péssima'.
Feliz '-nossa, você está com a cara ótima.' O que é que todo mundo tem haver com a nossa cara afinal?
Feliz encontros!
Feliz paqueras novos!
Feliz reacendendo a chama do namoro.
Feliz aniversário de casamento :)
Feliz novidades pra contar.
Feliz nada acontece na minha vida.
Feliz vamos sair?
Feliz eu te amo.
Feliz você está errado!!!!
Feliz volte atrás.
Feliz pedido de desculpas.
Feliz festas!
Feliz chororô.
Feliz amor.
Feliz acabou.
Feliz começou.
Feliz chatice.
Feliz grupo.
Feliz novos amigos.
Feliz adeus pessoas chatas.
Aiiii...
Feliz, Feliz, Feliz!
' Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.'
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
desencontros
Se entreolharam no elevador naqueles breves instantes intermináveis.
Eles sabiam o que estava acontecendo.
O olhar seguido do sorriso e a falta de assunto que remeteu ao velho 'o tempo hoje está estranho'.
Ela abaixou a cabeça e sorriu de baixo pra cima...
Ele olhou pro lado e o andar dele chegou.
Se despediram com o desejo de bom dia e o restante do desejo reprimido entre o cimento e o concreto
que passou a dividi-los.
Ele lembraria esse sorriso que não mais verá.
Ela anota no seu caderninho mais um amor pra vida inteira perdido na falta de coragem dos dias atuais.
Eles sabiam o que estava acontecendo.
O olhar seguido do sorriso e a falta de assunto que remeteu ao velho 'o tempo hoje está estranho'.
Ela abaixou a cabeça e sorriu de baixo pra cima...
Ele olhou pro lado e o andar dele chegou.
Se despediram com o desejo de bom dia e o restante do desejo reprimido entre o cimento e o concreto
que passou a dividi-los.
Ele lembraria esse sorriso que não mais verá.
Ela anota no seu caderninho mais um amor pra vida inteira perdido na falta de coragem dos dias atuais.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Escrevo pra ninguém. Grito pra mim.
Ainda que alguém me leia,
escrevo como se não escrevesse pra ninguém.
Assim como se fosse só um sopro da alma que não consegue se calar.
São tantas coisas caladas todos os dias que essa vontade de escrever tenho como vontade de gritar.
Essa vontade de escrever que nasce junto com os momentos em que me embriago de café.
Essa vontade que dói junto com minha coluna e meu pescoço todos os dias ao acordar.
Escrevo na tentativa de fugir do caos da minha realidade absoluta;
Na tentativa de despertar dos devaneios desmedidos da minha ilusão.
Nada é doce. Hoje não tenho mais pontuação.
Escrevo um desabafo porque não posso escrever uma carta de amor.
Escrevo um contato com um cliente porque não posso convidá-lo para uma cerveja.
Se os amigos andam sem tempo, imagine os 'parceiros' de trabalho.
Escrevo como um projeto de fuga do viés entediante que encontrei na minha língua, na minha linguagem.
Escrevo com preguiça, ou sem. Só pra registrar.
Escrevo para descompor a lógica irracional do meu pensamento que divaga entre o bem, o mal, o bom, o mau.
Ainda que alguém me leia, escrevo só pra mim.
Sintonizada no meu egoísmo de escrever.
No rótulo criado só pra mim.
Escrevo para manipular alguma coisa que não é só uma palavra. É vida que escrevo.
Escrevo porque posso manipular a minha alma nesse estágio. Não posso manipular outrem.
Escrevo com o corpo pra cima e a cabeça pra baixo, entre lágrimas e músicas; entre músicas e gargalhadas.
Escrevo por escapismo.
Escrevo por inspiração.
Escrevo por orgasmos.
Escrevo por desespero.
Pensei em escrever e escrevi.
Pensei num anúncio e escrevi.
Pensei num rótulo e escrevi.
Pensei numa bronca e escrevi.
Passei por uma limitação infundada de produtividade e escrevi.
Sonho com escrever para salvar. Para me salvar da ânsia esnobista do meu ser em se certificar que tem razão.
Ainda que ninguém me leia, alguém me vê.
Ainda que ninguém me veja, alguém me lê.
E escrevo.
escrevo como se não escrevesse pra ninguém.
Assim como se fosse só um sopro da alma que não consegue se calar.
São tantas coisas caladas todos os dias que essa vontade de escrever tenho como vontade de gritar.
Essa vontade de escrever que nasce junto com os momentos em que me embriago de café.
Essa vontade que dói junto com minha coluna e meu pescoço todos os dias ao acordar.
Escrevo na tentativa de fugir do caos da minha realidade absoluta;
Na tentativa de despertar dos devaneios desmedidos da minha ilusão.
Nada é doce. Hoje não tenho mais pontuação.
Escrevo um desabafo porque não posso escrever uma carta de amor.
Escrevo um contato com um cliente porque não posso convidá-lo para uma cerveja.
Se os amigos andam sem tempo, imagine os 'parceiros' de trabalho.
Escrevo como um projeto de fuga do viés entediante que encontrei na minha língua, na minha linguagem.
Escrevo com preguiça, ou sem. Só pra registrar.
Escrevo para descompor a lógica irracional do meu pensamento que divaga entre o bem, o mal, o bom, o mau.
Ainda que alguém me leia, escrevo só pra mim.
Sintonizada no meu egoísmo de escrever.
No rótulo criado só pra mim.
Escrevo para manipular alguma coisa que não é só uma palavra. É vida que escrevo.
Escrevo porque posso manipular a minha alma nesse estágio. Não posso manipular outrem.
Escrevo com o corpo pra cima e a cabeça pra baixo, entre lágrimas e músicas; entre músicas e gargalhadas.
Escrevo por escapismo.
Escrevo por inspiração.
Escrevo por orgasmos.
Escrevo por desespero.
Pensei em escrever e escrevi.
Pensei num anúncio e escrevi.
Pensei num rótulo e escrevi.
Pensei numa bronca e escrevi.
Passei por uma limitação infundada de produtividade e escrevi.
Sonho com escrever para salvar. Para me salvar da ânsia esnobista do meu ser em se certificar que tem razão.
Ainda que ninguém me leia, alguém me vê.
Ainda que ninguém me veja, alguém me lê.
E escrevo.
sábado, 11 de agosto de 2012
terça-feira, 31 de julho de 2012
Pedras.
Há uma pedra no meio do meu caminho.
Ainda não sei se tropeço, se escalo, se paro ou se lanço ela pra dentro do rio.
Há uma pedra no meio do meu pensamento e ainda não sei a sua dimensão.
No meio do caminho há uma pedra e ainda não pensei no que fazer com ela.
Há uma pedra no meu estomago e dói.
O meu medo tem uma pedra.
Virei as costas pra pedra.
Pedra, você está ai?
Melhor que esteja.
Quero voltar correndo pelo caminho depois do tempo que parei pra pensar no que faria com você, pedra.
Não vou te beijar, mas te amo.
Ainda não sei seu tamanho, pedra.
Mas vou continuar caminhando.
Há uma pedra no meio do meu pensamento.
Há um pensamento de pedra no meio do meu caminho.
Ainda não sei se tropeço, se escalo, se paro ou se lanço ela pra dentro do rio.
Há uma pedra no meio do meu pensamento e ainda não sei a sua dimensão.
No meio do caminho há uma pedra e ainda não pensei no que fazer com ela.
Há uma pedra no meu estomago e dói.
O meu medo tem uma pedra.
Virei as costas pra pedra.
Pedra, você está ai?
Melhor que esteja.
Quero voltar correndo pelo caminho depois do tempo que parei pra pensar no que faria com você, pedra.
Não vou te beijar, mas te amo.
Ainda não sei seu tamanho, pedra.
Mas vou continuar caminhando.
Há uma pedra no meio do meu pensamento.
Há um pensamento de pedra no meio do meu caminho.
domingo, 17 de junho de 2012
frasedeefeito.com
'Descarte tudo o que for impossível.
O que restar, ainda que pareça improvável, será a mais pura verdade.'
Só por que a vida não se vê conformada em me ver um dia sem ter em que pensar, me resolve mandar uma frase que martelou, beliscou, rodou, girou e provavelmente até estendeu uma rede na minha cabeça.
Não consigo escrever, não consigo pensar em outra coisa, não consigo imaginar as soluções improváveis nem as improváveis.
Talvez tenha dificuldades pra dormir.
Talvez beba um café doce com muito leite pra tentar mudar a direção e o foco do meu pensamento.
Talvez esqueça disso amanhã pela manhã.
Talvez esqueça disso nunca mais.
A verdade é que a contínua corrente do impossível quer me dominar só pra me fazer fugir do óbvio.
E somos tão diferentes nesse mundo.
Tão diferentes nessas horas.
Imagino que você deveria se espelhar em mim e não virar de costas pra esse espelho.
A verdade é que é improvável, mas é um fato.
O que restar, ainda que pareça improvável, será a mais pura verdade.'
Só por que a vida não se vê conformada em me ver um dia sem ter em que pensar, me resolve mandar uma frase que martelou, beliscou, rodou, girou e provavelmente até estendeu uma rede na minha cabeça.
Não consigo escrever, não consigo pensar em outra coisa, não consigo imaginar as soluções improváveis nem as improváveis.
Talvez tenha dificuldades pra dormir.
Talvez beba um café doce com muito leite pra tentar mudar a direção e o foco do meu pensamento.
Talvez esqueça disso amanhã pela manhã.
Talvez esqueça disso nunca mais.
A verdade é que a contínua corrente do impossível quer me dominar só pra me fazer fugir do óbvio.
E somos tão diferentes nesse mundo.
Tão diferentes nessas horas.
Imagino que você deveria se espelhar em mim e não virar de costas pra esse espelho.
A verdade é que é improvável, mas é um fato.
domingo, 10 de junho de 2012
do que adoro nos meus acessos ao amor...
Acabo de ter a nítida impressão de que vi duas nuvens formando dois rostos apaixonados e chegando ao tão passional e conclusivo beijo.
ah, como gosto desses meus acessos inoportunos ao amor;
ah, como me deleito em frutificar e fortalecer outra vez uma vã ilusão de que ele está pra chegar;
ah, como me custa acreditar na vidente que me dizia estar tão longe;
ah, como me custa perceber que nem a charlatã vidente o encontrou no meu caminho.
Venha logo.
Tenho pressa hoje, amanhã já não sei mais.
Chegue e me dê algumas tonalidades nessa obra que é puro carvão.
carbono.
retrato em branco e preto - ainda que goste muito.
Obrigada acesso de hoje ao amor.
ah, como gosto desses meus acessos inoportunos ao amor;
ah, como me deleito em frutificar e fortalecer outra vez uma vã ilusão de que ele está pra chegar;
ah, como me custa acreditar na vidente que me dizia estar tão longe;
ah, como me custa perceber que nem a charlatã vidente o encontrou no meu caminho.
Venha logo.
Tenho pressa hoje, amanhã já não sei mais.
Chegue e me dê algumas tonalidades nessa obra que é puro carvão.
carbono.
retrato em branco e preto - ainda que goste muito.
Obrigada acesso de hoje ao amor.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Do que aprendi com o Caminho de Santiago I - As expectativas
Posso afirmar com total segurança que uma das experiências que tive de maior valor em minha vida ao longo desses 22 anos pares foi, sem dúvida, o meu 'semi' Caminho de Santiago.
Sem mais detalhes, fiz uma promessa que pretendo cumprir em minha vida: refazê-lo completamente desde os Pirineus em alguns anos. Mas isso... é assunto pra outro texto.
Disso, tenho uma série de reflexões que não chegarão aos pés de grandes filósofos que tratam do nosso cotidiano antes mesmo de ele ser tão 'trash' ou ídolos pós modernos que também registraram suas impressões diante dessa simples arte: caminhar.
Das explicações:
Enfim, no meu primeiro passo diante do caminho a coisa em que eu mais pensei foram: Minhas expectativas.
Quantas já me haviam feito sofrer, haviam sido cruéis, haviam sido muito menores do que o meu pensamento para elas.
Expectativa é uma coisa tão particular que nós não pensamos em elas senão que as criamos!!!
Já jurei, prometi, bati na madeira e por fim, nunca consegui abandoná-las.
O caso, é que quando dei o meu primeiro passo em direção ao caminho, criei ali naquela pisada, as minhas expectativas pra ele e comecei a entender o seu verdadeiro sentido: existir sempre, mesmo que não sejam superadas.
Penso agora que as expectativas são as irmãs dos sonhos e mesmo que tenhamos que repetir: 'foram menos do que esperei' ou 'não superaram a minha expectativa'; o importante é saber que depois outras virão e seguramente uma grande parte será superada.
Um viva às expectativas e que continuem sendo as melhores ainda que as vezes nosso otimismo seja ofuscado pelo negrume do dia-a-dia.
P.S: O que caminhei do Caminho superou a minha 'pisada expectativa'.
domingo, 11 de março de 2012
Dias em que acordo de ovo virado:
Pior que um homem não te ligar no dia seguinte é ele não te fazer gozar no dia anterior.
E tenho dito.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Para que tener prisa?
Hoy aprendí que la nuestra edad actual repartida tres veces es correspodiente a determinada hora del día en el reloj y esa hora representa el momento del día en que nuestra vida se encuentra.
Quiero decir, tengo 22 años y haciendo la cuenta estoy a las 7:30 de la mañana.
Resulta que aún es muy temprano y tengo mucho, mucho tiempo.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Eu só tenho um problema particular
com o destino.
Não quero dizer que não gosto dele. Adoro o cara! Por que na boa, se 'destino' tem um sexo, é masculino! Não sei... não é nada pessoal mas é que ele as vezes tende a ficar muito em cima do muro, entendem a situação?
Tipo: você caminhando pela rua e sem mais nem menos vem o destino e faz 'aquele amigo' dele cruzar com você. Legal. Obrigada destino você é fantástico. Mas, o que acontece depois? Nada.
É você quem tem que fazer alguma coisa com urgência porque o que o destino quer é jogar e cá entre nós, ele é muito bom em dar as regras!
Você decide se vai ou não arcar com a consequência de lançar um dado.
É igual a ter um pedaço de pão que o destino deixou na sua mão e o qual você não tem mais vontade nenhuma de comer. Então vê uma criança carente que o destino colocou no seu caminho, é que ele gosta de a todo instante te provar que tá por ali...Ele faz mais alguma coisa? Não.
Claro que não. É você que tem que pegar o pedaço de pão e entregar a pobre alma.
Afinal, o destino é homem. E as vezes, homens não ligam no dia seguinte, não reparam que você cortou o cabelo, não lembram da roupa que você tava usando na semana passada quanto mais se a sua unha tava pintada de vermelho ou de azul, oras!
Se o destino fosse mulher, faria o pão cair diretamente nas mãos da criança faminta, faria o lindo que cruzou seu caminho pedir seu telefone e te ligar, conseguiria ler seu pensamento e fazer o que tivesse que ser feito. E assim seria.
Mas isso é trabalho demais pra pouca recompensa. Afinal, se uma coisa dá certo a gente fica feliz mas se uma coisa dá errada a gente coloca a culpa no coitado do destino. Tadinho... Tratamos o injustiçado como um cafajeste e de verdade, pessoalmente ele me parece um cavalheiro em busca de compreensão nesses tempos tão moderno.
Já disse: meu problema com ele é particular e não pessoal.
Particular porque eu vivo insistindo em roubar dez ou quinze minutos do destino e avançar um pouco do tempo dele - leia-se que dez ou quinze minutos para o destino podem ser dez ou quinze dias pra a gente. Sim, o destino tem um tempo particular que acaba com as nossas vidas, almas e insuportáveis expectativas! - ou na pior das hipóteses não obedecer suas ordens naturais e esperar ele jogar a carta depois, do nosso dado.
Assim é. Como no jogo, na vida, com o destino, há uma sequência lógica intercambiada entre os jogadores. Se você tem bom jogo, dá a próxima carta, se não, espera o outro jogar!
Mas o destino comigo é esperto... As vezes ele só está blefando mas me mastiga no tempo e me faz colocar as cartas da manga antes do necessário.
Porém, ele é doce. E que chato seria se ele não existisse pra fazer a gente ter aquelas dúvidas depois que ele cruza nosso caminho, do tipo: ligo ou não ligo? Vou de trem ou de avião? Ele vai passar pela minha rua de novo ou eu vou ter que dar um jeito de chegar onde ele trabalha? A blusa rosa ou a azul pro meu chefe elogiar o relatório?
Me poupe. Como a gente ia viver assim? Sem essa felicidade relacionada ao: vai ser do meu destino então vou tentar por esse caminho!
Um dia eu vou aprender a lidar com ele sem o meu problema particular e encará-lo como o cara bacana que ele deve ser! Até lá estou tentando esperar pacientemente as cartas enquanto interfiro no seu jogo!
As vezes eu tenho cartas melhores! Ele? Ele ri, claro! Fica pensando consigo ' agora ela pode e amanhã eu giro a mesa pra ela aprender a respeitar a quem conhece mais caminhos e mais vidas'.
Mas pra mim, as vezes ele bem gosta de um empurrãozinho.
Nisso eu gosto do destino. Acho ele super sexy. Afinal, formamos quase uma relação recíproca, salvo pela diferença que ele conhece meus passos e o contrário não acontece.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O mais engraçado da memória
Há dias em que esqueço que estou em Santiago e acordo com tudo escuro às 8 da manhã sentindo aquele frio gostoso e tendo mais e mais vontade de ficar na cama.
Então esqueço. Esqueço que tô aqui e penso: ai, que inverno gostoso em um dia de domingo em Salvador!
É nesses dias em que penso como nossa memória tem um dom especial de distrair-se e não percebemos!
Nos acostumamos com uma coisa e simplesmente aprendemos a conviver amigavelmente com ela. Me acostumei a estar aqui e esqueço.
Me acostumei com a falta de alguém e me esqueço.
Me acostumei a um problema sem solução e o esqueço.
Mas basta ficar com aquele incomodo por dentro, aquele alguém que incomoda, a ação que você talvez se arrependa de não fazer ou fazer, a pressa de algo e tudo isso vai te incomodar e muito.
Obrigada memória!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Porque eu precisava
A verdade é que eu tive uma virada de ano fatal.
Ruim, cheia de chateações, semi doente, triste, me sentindo uma incompetente, com mil planos na cabeça e nenhum deles posto em prática nunca.
Só uma coisa alimentava minha esperança de ter um 2012 diferente: minhas férias na Espanha. E um monte de gente me perguntou por que? Por que Espanha? Por que tanta empolgação pra uma viagem? Quanto de expectativa você tem? E eu dizia sempre o mesmo: nenhuma expectativa e só por que eu quero melhorar meu nível de espanhol.
A verdade é quase essa.
Eu queria muito melhorar meu espanhol, mas é bem verdade que uma viagem dentro do Brasil me teria feito muito bem por férias e eu gastaria muito menos.
Não é mentira igual, que eu não tinha muitas expectativas.
Pra mim era só chegar aqui, enrolar um mês no espanhol, tirar fotos bonitas e me afastar um mês de tanta loucura e energia negativa que eu tava sentindo dentro e fora de mim.
Mas a verdade, essa que eu não contei a ninguém, é que eu não escolhi essa viagem ao acaso!
Eu precisava descobrir a outra metade de mim.
Saber das minhas outras raízes, da minha outra família, da minha outra genética, do outro clima, do outro idioma, da outra culinária, da outra cultura.
Eu precisava saber se essa parte de mim era boa ou ruim, se me deixava completa ou vazia, se me faria rir ou chorar e se me ajudaria a crescer como pessoa ou não.
Eu precisava descobrir se essa outra metade era tão importante quanto aquela parte de mim que perdi antes de ter todas as conversas, de fazer todas as perguntas e de me questionar esse ou aquele comportamento.
O que eu descobri em um mês na Espanha não daria pra traduzir em palavras.
A intensidade dos sentimentos, do clima e da cultura fizeram a minha raiz tremer abaixo do solo! Saber que eu também pertenço a isso renovou o meu espírito, me fez enxergar gente nova e me entregar a essa gente de maneira intensa, de ver beleza em conhecer o desconhecido, em explorar, em aprender algo novo e principalmente, em saber que o que eu sou e a minha maneira de ser não foram herdados geneticamente atoa, ou apenas por uma parte muito pequena, mas por um todo que eu não conhecia aqui.
A verdade é que a cada dia do meu mês de férias eu tinha mais e mais vontade de fazer o tempo parar aqui, a verdade é que a incomoda saudade que eu sentia era aliviada com doses diárias de risadas, 'cañas e tapas' e carinho de uma gente que me recebeu com braços abertos e mãos estendidas. Gente que me acha capaz, que me elogia, que me impulsiona e que, principalmente, me faz sentir com 22 anos e peso de 18.
Eu não tirei só férias do trabalho. Eu tirei férias da minha vida, da minha rotina, eu descobri uma cidade nova por inteiro, eu já viajei explorei outro país, eu aprendi canções inteiras, eu aprendo uma palavra nova por dia, eu não faço planos, eu sou querida, eu andei de ônibus só uma vez em 40 dias, eu terminei um livro inteiro em outro idioma em 15 dias, eu já penso em espanhol quando tento pensar em português, eu falei sobre política, sobre economia, sobre publicidade e sobre sexo com gente que eu nem conhecia.
Eu me lembrei o que é estar numa faculdade por inteiro, eu reconheci o quanto gasto dinheiro mal, eu aprendi como é bom dormir apenas 6 horas por dia, eu compreendo que uma pessoa sensível é tão encantadora quanto uma pessoa inteligente, eu mais do que me amo mais por não ser esnobe ou arrogante e agradeço ainda mais a Deus por não fazer a minha personalidade assim.
Eu reconheci que não preciso dizer sempre sim para ser boa e que ajudar nas coisas mais simples é a tarefa mais importante importante em qualquer país.
Reconheci que o cocô do cachorro vai estar numa calçada até da Suíça e que gente má vai estar em todo canto, escondida ou já preparada pra dar um bote no seu coração. Mas eu tenho certeza já, que gente boa vai sobressair em todos os sentidos.
Eu tomei uma decisão quase precipitada! Claro que eu pensei, pensei de novo, pensei mais um pouco e resolvi ficar.
Mas a realidade é que até outro dia eu ainda não sabia o por que exato.
Descobri. Eu precisava.
Ponto, era isso. É isso. Eu preciso me dar a oportunidade de sentir o que eu estou sentindo agora, de viver a experiência que eu estou vivendo e de finalmente entender que Deus nos esfrega o caminho que temos que seguir, o nosso problema é não ter coragem, pensar em todos os depois que não temos certeza nenhuma de como e quando virão.
Depois da Espanha? Yo que sé? =]
Eu vou viver agora e depois eu conto como foi depois.
Olé!
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