Ufa, dos títulos longos e não absorvíveis (e essa palavra existe?) enfim.
Cá comigo - nesse ínicio de semana que já me veio turbulento e nem sabe - comecei a pensar no que ando ruminando a mais de uma semana nessa cabeça atoa que me trago aqui e pensei: estou enferrujando e não posso mais. Devo confessar que não foi por falta de inspiração pois, até crítica me deu vontade de fazer! Acho que foi preguiça mesmo... Cruzes.
E então, por sorte ou azar, já que nunca podemos saber ao exato o que esperar das coisas e das criaturas, uma série de acontecimentos me veio juntar algumas idéias e resolvi escrevê-las antes que fujam correndo a mil por hora de mim como fazem tantas e muitas vezes!
Dos romantismos tolos.
Eu que já fui dessas românticas incuráveis, platônicas em demasia, às quais viviam o primeiro e último amor a cada instante; Me perdi desse perfil, dessa mágica e dessas angústias provocadas em cada suspirar.
Dada essa perda, comecei a notar o quão fria e vazia ficou a minha existência! Dias tórridos, noites longas, sorrisos perdidos em dentes apenas e olhos... não mais! Admito: acho tudo isso um saco, um absurdo total e comecei um novo perfil: amar desesperadamente e loucamente os que se atreverem - feios ou bonitos, egoístas ou não, chatos, mansos, com ou sem beijos. E o resultado então: amo todos os dias, me apavoro e tremo com os meus amores e as minhas paixões. Pronto! A vida agora é deliciosa e sem perder seu equilibrio natural.
Das observações clichês eu vi como as crianças são felizes! Livres, com pensamentos e imaginações capazes de mover um mundo inteiro. Não há maldade e quando há é daquela maldade ramificada no bom, enraizada no bem. Há as travessuras, as desventuras e uma esperaça quase ofuscante que chega a cegar.
Nós vivemos correndo, vivemos sem tempo, vivemos interessados em algo que não nos acrescenta nada de fato, vivemos escaldados e de mau com um mundo que é nosso amigo tantas vezes, chateados e cada vez mais cansados pra rir, pra curar aquelas mágoas sem razão, pra se libertar e viver. Somos os mestres em julgar e não nos aproximamos de fato do que erroneamente apontamos e declaramos opiniões.
Felizes erámos quando andávamos de bicicleta, chorávamos por teimosia ou por joelho esfacelado, erámos ricos com R$ 0,10 centavos e a Xuxa era o melhor programa de TV.
Deve ser a proximidade do meu aniversário e ai, vem as nostalgias. Um acontecimento que me faz repensar, editar, derramar algumas lágrimas e depois ficar super feliz. Aniversário de leonino é assim: melancolia das brabas mas cheio de glamour para não passar batido aquele sorriso fascinante de bichano. Revi as fotos, me transportei pra momentos ímpares, e revivi aquelas tantas ocasiões que fizeram sentir das pessoas mais especiais que a vida já viu.
Misturei tudo num liquidificador quero viver mais de todos esses sentimentos aos quais devemos mesmo nos dar ao luxo. A liberdade feliz e não tendenciosa de sermos crianças, as paixões que devemos nos despertar todos os dias, dados os acontecimentos surreais desse planeta enlouquecido que gira em torno de nós, das nostalgias tantas vezes confundidas e interligadas à saudade, das observações pequenas mas fatais a nos fazer admirar e abarçar a vida nessa dança solene, nunca jamias, importando a batida ou o ritmo.
Nos acostumemos com as coisas costumeiras e façamos delas o nosso impulsionar. Já!
Nenhum comentário:
Postar um comentário